Vive
rodeada de livros, viajam com ela para todo o lado, dentro do saco onde mete
tudo a preceito, embora nem sempre encontre o que quer quando necessita.
Os livros, sim, sabe exatamente onde estão e o que dizem, pesquisa e
percorre os seus conteúdos com cuidado e afinco, folheia-os e amacia-os com as
mãos e o olhar, como se fossem folhas de alecrim no alto do monte.
De
lápis na mão, sublinha as ideias que a surpreendem ou emocionam, em riscos
leves e contínuos, como um arado a tratar da terra, fazendo sulcos para receber
a semente do trigo que há-se dar folha e fruto e alimento para a fome.
Porque
é isso que procura nos livros que ama. Trata-os como coisa sua, essencial e imprescindível
para a vida, como do pão para a boca se tratasse.
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