Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol.
Ambos existem;
cada um como é.
Ambos existem;
cada um como é.
Dizia-se, quando era pequena, de mulheres que trabalhavam em casa de outros. Andar aos dias era fazer de tudo um pouco em casa alheia, numa condição de gente de fora. Desse tempo guardo a estranheza da expressão, a fragilidade dos vínculos e do contínuo vaivém. Quando mulher me tornei, resolvi essa estranheza dentro de mim. Compreendi que na vida andamos todos aos dias, ensaiando entradas e saídas, agarrando por dentro e por fora aquilo que podemos, sabemos e sonhamos.
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