Nunca somos um só. Compostos de mil ideias e feitios, ajeitamo-nos vezes sem conta ao que ao nosso redor nos cerca, revelando os diferentes matizes de que somos feitos. Às vezes brotam os azuis e verdes, com um pouco de branco à mistura, parecemos o mar em dia de verão, percorrendo a areia molhada...outras vezes, ficamos cinzentos e pardos, cor de burro quando foge, como um dia de inverno, não há réstia de sol que nos alente ou nos mude a cor. Também já estivemos verdes, sem pinga de sangue, quase a perder o pio, no meio de alguma aflição ou atabalhoamento. E já nos experimentámos luzidios, brilhantes que nem estrelas cadentes, cheios de força e beleza a exercer fascinios sobre o mndo...
E roxos, já fomos roxos, cor da paixão em semana santa, perdidos de emoção, a chorar por dentro, a controlar por fora...
Sem comentários:
Enviar um comentário