Queria agora sentar-me na beira de um rio, deixar os pés molharem-se devagarinho num caudal de águas mornas, iluminadas por um sol dourado de outono. Mas lá fora o vento sopra jarradas frias e a chuva cai com força nos telhados, percorrendo velozmente as ruas da cidade. Não há como sair nesta noite de temporal, fechadas que estão as portas e janelas, sem réstia de esperança num tempo ameno. Por aqui me fico, embrulhada num cobertor de tapar frio e tremuras, que o corpo nem sempre aguenta as mudanças de estação. E também as outras, as da vida.
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