De novo em casa. Um domingo cheio de sol e o sentimento de dever cumprido. De novo no meu sótão, para agradecer as palavras que responderam à chamada e com ar composto, foram o meu chão e o meu céu para partilhar o trabalho com as famílias. Acho que se saíram bem na revelação das práticas de envolvimento e participação que a muito custo e sem desistir, fui fazendo, neste mar revolto, em terras da Trafaria. Obrigada às famílias por me terem confirmado que a persistência é o único caminho.
Dois dias de encontro, em Coimbra, no meio de comunicações, risos, palmas, concordâncias, discussões, assim e de outro modo, talvez, mas, claro, claro, aos poucos e sempre... E sempre esta ideia e esta prática justa de educadores que se juntam e se dizem, e ao dizerem-se, reafirmam a sua profissionalidade, ou como disse a Assunção, falam sobre a coisa da profissão, esta coisa de ser educadora de infância.
Foi isto que fizemos todos lá em Coimbra. Uns sentados, a pensar e a argumentar, outros a tomar a palavra e a dizerem de sua justiça, que a profissão se constrói na divulgação e visibilidade das práticas, entrelaçadas em referências e convicções, essas âncoras imprescindíveis para alimentar e enquadrar com ideologia e princípios, a pedagogia e a construção do currículo. Em contexto e em comunidade, sempre.
Foi isto que fizemos todos lá em Coimbra. Uns sentados, a pensar e a argumentar, outros a tomar a palavra e a dizerem de sua justiça, que a profissão se constrói na divulgação e visibilidade das práticas, entrelaçadas em referências e convicções, essas âncoras imprescindíveis para alimentar e enquadrar com ideologia e princípios, a pedagogia e a construção do currículo. Em contexto e em comunidade, sempre.
Os
que subiram ao palco, partilharam as coisas da profissão. Projetos,
crianças, familias, intencionlidade educativa, articulação curricular,
competências e qualidade, creche e jardim de infância, documentação,
polticas educativas, Justiça e direitos. De tudo se falou e se deu
provas, que não basta ter intenções é preciso forjá-las ao serviço de
espaços de aprendizagem e desenvolvimento. Os educadores como gestores e
intelectuais do currículo. Capazes de dizer, sim, capazes de dizer
não, capazes de chamar a si a construção da sua profissão.
Fiquei
cheia e ainda assim estou. Cheia de palavras, de pensamentos, de
imagens, de cansaço. Um cansaço bom, sim, um cansaço contente, por
continuarmos a ter coragem para desocultar o que fazemos, acreditamos e
sonhamos. Por acreditar e não desistir de tomar a palavra e
desassombradamente, revelar os mundos da infância e os mundos da
profissão, como espaços para crescerem crianças, familias e
profissionais, pessoas de corpo inteiro, gente com direitos, projetos,
emoções, poder e legitimidade.
É isso mesmo. E nós fizemos. Obrigada a todos e à APEI.
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