sábado, 29 de junho de 2013

Quotidiano

Um sábado de descanso, assim pensava eu e na volta, um trabalhinho a fazer, para apresentar na segnda-feira. Esta eternidade constante de deveres, sem fim à vista, apesar de já se sentir o cheiro a férias. Nunca mais chegam, as tão desejadas.

Aqui do meu sótão, em frente ao computador, penso nelas, Lagos com vento e tanto mar, Aveiro e as terras de milho,  o tempo sem o compasso do relógio, a preguiça a instalar-se no corpo. Assim vai ser, julgo. Por agora, esta obrigatoriedade que me incomoda e aborrece, ter que pensar e produzir, alinhavar ideias a preceito, compor texto com sentido e perspetiva, fazer bem, fazer o melhor. Que cansaço...

E assim fujo à tarefa, instalo-me na minha liberdade, ouço musica, escrevo palavras soltas, com a unica obrigação permitida, nesta tarde de sol e calor. Deixar correr o pensamento e a emoção. Pois então, é o melhor, é o que está certo, não é este um fim de semana? Assim parece. Já comprei o jornal de manha, o pão fresquinho para o pequeno almoço, já tomei café com uma amiga e trocámos ideias, já reguei o jardim, já falei com os de casa, já olhei os gatos a dormir, agora é o meu tempo. De mim para mim. E tenho que fazer um trabalho?!

Não, preciso de musica, uma vela acesa para perfumar a casa, memórias felizes para alegrarem a tarde, postais de terras distantes onde podia estar, um poema para entardecer nele. Coisas assim, leves e bonitas, nada de obrigações a consumirem a energia e o tempo.

Um poema.

Furto

Saboreio este dia,
Fruto roubado no pomar do tempo.
Sabe-me a novidade,
Deixa-me os lábios doces.
Tem a polpa de sol, e dentro dele
Calmas sementes doutro sol futuro.
Cheira a terra lavrada e a maresia.
E tão livre e maduro,
que quando o apanhei já ele caía

Miguel Torga


E assim estou, a roubar o tempo às obrigações, ou a impedir que elas me roubem a mim. Adio o que tem que ser feito. Fica para mais tarde, por agora vou dar-me tempo e apanhar o sol, antes que anoiteça e o sábado se vá.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Ilustrar a vida

Combinámos e lá fomos ver as provas de mestrado. Nós, a futura mestre, a filha, uma amiga, a mãe e muitos sacos com as obras para mostrar. Tudo embrulhado a preceito, porque as produções que se fazem com entusiasmo, talento, procura, risco, se querem cuidadas e bem acomodadas para que nada as danifique. Pelo lado de fora, bem entendido, porque do lado de dentro, como obra criada, eles perduram bem aconchegadas e seladas no coração, na memória, nas mãos, no tempo, no espaço onde tomaram forma, como expressão de vida de quem vida lhes deu.  Foi isto que a Artista disse quando defendeu as suas mantas, um trabalho que denominou manta-vida, para a obtenção do grau de mestre em ilustração artística.

Quando chegámos, apressámo-nos a montar a exposição, numa azáfama um pouco nervosa, quebrada apenas pela sensibilidade e intenção da parteira das obras, que dava o mote para o lugar e a posição de cada peça, demorando-se em pequenos retoques e olhares silenciosos, doces e inquietos, enquanto balbuciava palavras e ideias e sentimentos. A sala inundou-se de cores e formas ilustradas, geometrias e colagens, bordados em papel, vitrinas, maquetas, o livro de artista, o caderno dos primeiros esboços, peças por terminar que esta artista, Sofia Afia, é uma mulher de começos em superfícies abertas, ainda que nem sempre lineares ou planas, um olhar atento enxerga montes e vales e ruas e rios, algumas tempestades, também as bonanças. Foi um pouco isto que escreveu  no belíssimo texto que acompanha as ilustrações, sem nunca revelar se são as palavras que desaguam nas imagens ou se são estas que alimentam os traços, as cores, as formas com que traduz a sua manta-vida. Cheia de talento, emoção, pensamento e energia.

Depois das formalidades da apresentação da tese e da sua arguição por um professor doutor, um pouco seco e àspero na análise da obra, a artista defendeu-a, como coisa sua, amada e investida, suada e percorrida cem mil vezes pelas suas mãos e talento. Esteve guerreira, transparente, inteira e destemida. Sem rodeios nem meias palavras, falou de si, do processo criativo, da estética, do caminho encetado para chegar até ali. Utilizou palavras, ideias, lágrimas, riso e atenção. Disse que sim e que não e talvez, fazendo voos rasantes de ave liberta sobre quem é, o que foi e o que espera ainda ser.

E eu, que não a conheço há muito tempo, fiquei a olhar para a sua roupa azul, o colar de tecido vermelho, os olhos castanhos, a inteireza da sua apresentação e comovi-me. É sempre surpreendente e reconfortante encontrarmos gente com garra e talento para ilustrar a vida, as convições e o futuro. Sem medo.

Parabéns à artista e à sua obra!

domingo, 23 de junho de 2013

Requiem para um amor

Naquele tempo, as estrelas brilhavam no alto das noites escuras, o vento era uma brisa suave e eles desejavam eternamente o verão e o cheiro do mar. Sentíam-se felizes, com rostos bonitos e olhos brilhantes. Serenos, apreciavam cada  gesto e reconheciam-se elegantes e afáveis, de certo modo um pouco invenciveis, porque o mundo pairava mesmo ao seu lado e eles dançavam inebriados dentro dele. Um certo sentido de controlo comandava-lhes a energia e o sonho e tudo parecia ao seu alcance. Quem os impediria de viver, jovens, sensíveis e eternos?

Naquele tempo, ela  embalava o amor em colo quente e ele experimentava o gosto de ser amado, em forma de abraços e palavras que recebia, todos os dias. Comovido, espantava-se com a sorte de a ter encontrado, tanto tempo depois de já ter nascido. Menino se sentia, então, por reaprender o nascimento de si para o mundo, ancorado num dialeto de bem querer.

Naquele tempo, partiam muitas vezes para longe e perto, um passeio à beira mar, um jantar a dois, uma exposição de pintura, um concerto, encontro com amigos, um retiro em terras do sul ou norte. Errantes se sentiam de paisagens e lugares, procurando mistérios, beleza e encanto onde fosse possível. E em quase todos os sítios por onde passaram foi possível, porque os lavavam com os seus olhos de ver e apreciar o tempo e a vida. Com amor.

E porque se julgaram eternos e invenciveis, sonharam e tiveram uma casa, amigos e família nela incluída, fizeram almoços e jantares, compuseram fotografias e aninharam-se no sofá, projetaram o futuro e  riram no presente, certos da fortaleza da sua cumplicidade e afeto. Para todo o sempre.

No tempo seguinte aquele tempo, sem se darem conta, foram inundados por duvidas e receios, sentimentos inconfessáveis de tristeza e solidão e atrapalharam-se no amor. Trémulos e aflitos, ainda esgrimiram um pouco com as armas que tinham, o quente da casa, a memória dos beijos, o pôr do sol em tardes de verão, a alegria primeira quando se conheceram. Momentos houve em que renovaram a esperança, o amor ainda a escorrer por dentro, mas não encontraram tabique para estancar a dor e conter a mágoa.

No tempo seguinte aquele tempo, partiram por caminhos separados. E assim perceberam, cada um à sua maneira, que os sonhos precisam de chão e raízes e enxadas para cultivar a terra de onde, em alguns lugares e momentos, o amor pode perdurar, desde que cultivado e protegido de algumas intempéries repentinas e devastadoras. Para sempre.

No tempo seguinte aquele tempo, eram jovens e não sabiam. Quem os impediu de viver, jovens, sensíveis e eternos?    

terça-feira, 18 de junho de 2013

Palavras emprestadas: Plano

De novo a chuva, desta vez em tempo de (quase) verão.
Uma nostalgia doce, a terra molhada de mansinho, um frio que não chega a gelar, um vento ameno nas árvores, as gotas da chuva a salpicarem os vidros da janela.
E nós com o rosto colado, a olhar o tempo e os dias, a trautear canções, em surdina, a arquitetar palavras e projetos, a remoer sonhos. 
Perto e longe de nós e de outros, entre o passado e o futuro, para retemperar o presente.
Sem inspiração que chegue e que nos valha, pedimos estas palavras - tão certeiras e belas - emprestadas.

Plano

Trabalho o poema sobre uma hipótese: o amor
que se despeja no copo da vida, até meio, como se
o pudessemos beber de um trago. No fundo,
como o vinho turvo, deixa um gosto amargo na
boca. Pergunto onde está a transparência do
vidro, a pureza do liquido inicial, a energia
de quem procura esvaziar a garrafa; e a resposta
são estes cacos que nos cortam as mãos, a mesa
da alma suja de restos, palavras espalhadas
num cansaço de sentidos. Volto, então, à primeira
hipótese. O amor. Mas sem o gastar de uma vez,
esperando que o tempo encha o copo até cima
para que o possa erguer à luz do teu corpo
e veja, através dele, o teu rosto inteiro

Nuno Judice in Poesia Reunida

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Explicação

Molhada pela chuva que caía, a mulher entrou na sala e disse, quase a medo:
- Estou sempre perto do coração das coisas...
E todos se viraram para a ver. Lamentou ter falado alto, não queria que a ouvissem, decerto não compreenderiam. Mas ela sabia que era assim, sempre fora, desde que se sentira gente e começara a olhar e sentir o mundo. Perto do coração das coisas, no lugar onde elas pulsam e se anunciam, através de sinais, pequenos indícios, um riso e um abanar de cabeça, um estremecer de ombros. Uma espécie de saber antes de ver ou uma espécie de ver antes de saber. E ficava à espera de confirmação e ela vinha. Num dia qualquer, quando menos esperava.

- Perto do coração das coisas? indagaram os que à volta da mulher se juntaram, para ouvir uma explicação plausível. Aproximaram-se dela e curiosos permaneceram. Queriam saber.
- Coisas, que coisas?
Aflita, procurou as ideias, concentrou-se na melhor forma de as traduzir e disse:
- Por exemplo, em noites de lua cheia, sei de que lado sopra o vento e respiro o cheiro das algas da praia que fica longe, para lá do fim do mundo e no entanto, junto à janela do meu quarto, o luar espraia-se no chão, a revelar o dourado do grão da areia e a espuma das pequenas vagas que batem nas rochas. Junto ao quarto as sinto e as oiço, apesar de tão longe estarem. E sorriu.
-Isso são sonhos - disseram as pessoas um pouco incrédulas - E que mais?

- Por exemplo, sinto quando se aproxima um tornado sobre o amor, na minha casa e alguns dos meus vão ficar devastados, com o coração apertado e o corpo trémulo, dorido pela secura do vento sobre a ternura, as promessas e o enamoramento. E consigo ouvir - muito antes que aconteça - os soluços sufocados  e o correr silencioso das lágrimas na almofada dos sonhos.Vejo tudo, sei de tudo e não consigo evitar...

- Isso são pressentimentos de mãe - disseram, já impacientes - E que mais?

- Em alguns momentos da tarde, com o pôr do sol, pressinto o desfazer da alegria e a chegada do desespero, em doses cada vez mais intensas, reparo em rostos fechados e vultos encostados às paredes, estão de pé, mas sinto-lhes a vontade de se deitarem no chão, contra as pedras frias de uma rua qualquer da cidade...sentem-se indiferentes à beleza do cair da noite, indignados que estão com a pobreza no correr dos dias...

De novo se impacientaram com as palavras da mulher e já irritados, disseram:
- Isso são apenas imagens, resultado da consciência social dos tempos atuais. Perto do coração das coisas? não conseguiste explicar, nem convencer. Não sabemos a que te referes.
E começaram a dispersar, lentamente

Então a mulher levantou a voz e sem temer disse:
- Perto do coração das coisas, sim, lá num sitio onde as palavras se dissipam e se dispensam porque os gestos, os sons, os sentidos, as cores, a beleza, se apresentam como passaporte válido para alcançar o sentido do tempo e do(s) lugar(es) para sermos. Inteiros e completos. Plenos. Com pessoas e futuro....

E respirando fundo, disse ainda:
- Mas as vezes não necessito de estar perto do coração das coisas para saber e sentir que há pessoas impenetráveis aos mistérios da vida e por isso insensíveis aos cheiros da pele e às expressões dos sentimentos que se revelam entre os homens e os tornam em absoluto diferentes de tudo o que existe. Para melhor.  Os insensíveis procuram a realidade e os factos e o bater do coração estás-lhes vedado, não conseguem sequer encontrar a sua cadência original, nem alegrar-se com um voo de aves, as palavras de um poema ou a secreta alegria de um encontro inesperado. Correm, ocupam-se, organizam-se, entram, saem, opinam. Velozes e infalíveis, praticam sete ofícios e nunca escutam o silêncio, têm medo.
E então tudo é inútil e nem mesmo estar perto do coração das coisas parece ser condição de entendimento e comunicação, disse a mulher, desaparecendo de mansinho por um raio de sol. Deixou a sala deserta.

terça-feira, 11 de junho de 2013

O teu lugar

Este é o teu lugar.
Estão cá muitas das coisas que foram tuas e que os afetos não deixam retirar. A tua fotografia de bebé na parede, o cesto da lenha junto à lareira, a máquina da costura, com linhas, dedal e tesoura e agora um pano de linho em cima, o xaile antigo, a imagem da virgem na parede, o terço na mesinha de cabeceira, os pratos e chávenas da tua infância, as cortinas com renda nas janelas, o jardim com flores e vasos, a horta e a arrumada.

Este é o teu lugar.
Já fizemos obras e alindámos a casa, tornámo-la mais acolhedora e moderna, mas não deixámos morrer a tradição, como era da tua vontade e é da nossa. Uma cultura que fomos construindo entre nós e por isso, tudo o que colocámos de novo, te iria alegrar, porque respeita e revela os teus caminhos, a tua memória e os teus gostos. Sabemos como eras, mulher simples e exigente a querer para si, ainda que discretamente e talvez tarde de mais, tudo o que lhe era devido. E tanto que a vida te ficou a dever. Não podendo mandar na vida nem na sorte, compusemos o teu lugar, que é este, com o máximo de ti e de nós. Os teus amores. Estamos cá todos: eu e o meu irmão, os nossos companheiros de vida, o pai,os netos, os teus pais e sogros, tias e tios, outros familiares. E também algumas amigas e vizinhas.

Este é o teu lugar.
E enquanto percorro o jardim nesta manhã amena, vejo as flores que tanto gostavas, o poço e o tanque, os vasos de catos na entrada da porta da cozinha e lamento que tenhas partido tão cedo. E que não possas apreciar e usar o teu lugar, que tanto amavas e que querias ver bonito e cuidado. E lamento também o quanto tardou fazer-te esse gosto.

Este é o teu lugar.
Daqui da janela onde escrevo, vejo os braços da ria, os juncais e malmequeres amarelos e terras cultivadas com milho, ainda muito pequeno, semeado há pouco tempo. Muito certinho, em carreiros, verde, muito verde. Vai crescer num instante, ficar alto e cobrir toda a paisagem, de uma forma harmoniosa e pujante. Viva. Será verão nessa altura e eu virei ver, porque regressarei ao teu lugar. Preciso agora de o fazer regularmente, para zelar por ele, visitar as tuas memórias, aquietar-me e descansar nesta terra. Que é o teu lugar e cada vez mais, o meu e o nosso.
Sei que isso te faria feliz. Por isso, aqui estou. Na tua casa, que é o teu lugar.

sábado, 1 de junho de 2013

Crianças e filhos

Hoje é dia da criança.
Quando os meus filhos era pequenos, comprava sempre uma prendinha ou fazíamos um programa para assinalar o dia. Hoje estão grandes, homens feitos e por isso, as crianças cá de casa transformaram-se e já não existem. Agora têm barba, programas próprios e teorias sobre a vida. Em crianças também, expressavam ideias e debatiam-nas, criticavam e argumentavam,  propunham e resistiam. Cresciam enquanto pessoas e nós a senti-los filhos, que é uma coisa que às vezes atrapalha as nossas crenças e perspetivas e sobretudo as práticas, o fazer da educação, que desejamos equilibrada, respeitadora de direitos, promotora de deveres, livre, atenta e segura. Julgo que é um pouco a nossa condição de pais, uma luta (pouco) pacifica para acertar com os condimentos e as medidas certas de educar, tarefa que só aprendemos, fazendo. E não há escola, curso ou formação avançada que nos dê um diploma de mãe e pai, adequadamente pronto(s) para a função.  Quanto muito, em alguns dias e com alguns amigos, as trocas e desabafos, para sentirmos que não estamos sós e que tudo o que experimentamos enquanto pais, outros também o vivem. Mas estes grupos de tertúlia parental são escassos, porque escassa é a nossa cultura de revelação intima de nós enquanto educadores limitados. E finitos.  

Na escola, no jardim de infância, sempre foi mais fácil. Para além do dia da criança, todos os outros dias de currículo, a relação e as estratégias para celebrar e viver no quotidiano a infância, aqui tornada coisa da profissão, tudo mais sereno, um curso tirado, as convições postas à prova, autores lidos, os escritos de João dos Santos como livro de cabeceira, as formações e a aprendizagem em contexto, o desejo de fazer bem e sobretudo não ter carregado na barriga os meninos, essa diferença fundamental que nos torna professores e não pais. Que os torna alunos e não filhos. Uma condição imprescindivel para manter aquela distância emocional justa que nos conduz ou empurra para sermos emocionalmente mais equilibrados, mais competentes, lúcidos e  melhores educadores. Sem erros? não, com erros, mas com uma gestão mais equidistante, menos sofrida ou ambivalente. Mais clara. Menos embrulhada no calor de uma gestação de nove meses de sonhos, enjoos e esperas ansiosas e alegres. Totais.  

Por isso, compreendo bem os pais e não lanço a primeira pedra, nestas coisas da educação e dos seus múltiplos modos e jeitos de serem família e de exercerem a parentalidade. Compreender é inscrever numa visão alargada a imensa complexidade de ser-se pessoa, é retirar os julgamentos, as penalizações, as leituras breves, as culpas. É compreender as resistências, a fragilidade de vínculos, as expectativas, a proteção exgerada, as omissões, os evitamentos e tantas outras coisas entre educadores e famílias, que tornam esta relação, em muitos momentos, tão difícil e tão pouco cordial, ativa, colaborante e de apoio mutuo. Compreender é colocarmo-nos do  ponto de vista do outro e tentar sentir e pensar como ele. E isso, não sendo fácil, é possivel. Compreendo porque sou mãe. Compreendo porque sou família. Compreendo porque sou pessoa. E não somos todos pessoas e familia(s)?

Detenhamo-nos um pouco, hoje, no dia da criança e para além de programas e prendas pensemos nesta gigantesca tarefa de educar que mobiliza, diferentemente, educadores, professores, pais, família alargada, comunidade. Como diz um velho provérbio "é preciso toda uma aldeia para educar uma criança".

Neste dia da criança e nestes tempos dificeis, relembremos que todos somos ainda poucos para educar pessoas felizes, atentas, criticas e atoras do seu tempo e da sua vida. Este é o desafio. Gigante.