A mulher olhou em frente, com olhos de melancolia e uma expressão leve de riso e perguntou quem vai amar as minhas rugas? E
disse que isso a perseguia, em tempos antigos, agora menos presentes. E
continuou, ensaiando a resposta e o sentimento, perante o silêncio de
quem ouvia. Só pode amar as minhas rugas quem esteve comigo e as viu aparecer, de mansinho...quem as viu tomarem forma e jeito...
Na sua frente outra mulher estremeceu e maravilhou-se com as palavras, essas mesmo que já tinha experimentado, ainda que apenas em forma de lágrimas furtivas, algumas imagens desfocadas, pequenas dores depressa escondidas.
E disse alto, sem pudor e sem rodeios, que bonito, é isso mesmo...quem vai amar as minhas rugas? Como se tivesse encontrado o mote para uma liberdade desejada, caminho aberto a outras tantas palavras. E elas vieram, em tom de confidência e narrativa, absolutamente inteiras, lançando luz sobre o fim de tarde que na esplanada, antecedia o cair da noite.
Quando as estrelas se firmaram no céu escuro, as palavras já tinham sido leito macio para adormecer passados. Inconclusivas, tinham configurado medos e multiplicado sentidos, aqueles que andam de mãos dadas com a (re)criação da vida.
Porque ela também assim se faz, em pequenas palestras de coração livre, sem censura do politicamente correto, junto a amigas do peito. Sem questões de género? Quero acreditar que sim.
Na sua frente outra mulher estremeceu e maravilhou-se com as palavras, essas mesmo que já tinha experimentado, ainda que apenas em forma de lágrimas furtivas, algumas imagens desfocadas, pequenas dores depressa escondidas.
E disse alto, sem pudor e sem rodeios, que bonito, é isso mesmo...quem vai amar as minhas rugas? Como se tivesse encontrado o mote para uma liberdade desejada, caminho aberto a outras tantas palavras. E elas vieram, em tom de confidência e narrativa, absolutamente inteiras, lançando luz sobre o fim de tarde que na esplanada, antecedia o cair da noite.
Quando as estrelas se firmaram no céu escuro, as palavras já tinham sido leito macio para adormecer passados. Inconclusivas, tinham configurado medos e multiplicado sentidos, aqueles que andam de mãos dadas com a (re)criação da vida.
Porque ela também assim se faz, em pequenas palestras de coração livre, sem censura do politicamente correto, junto a amigas do peito. Sem questões de género? Quero acreditar que sim.
Encantada!!!!
ResponderEliminarTens o dom das letras!
Admiro a tua genica. Como é que no fim do ano lectivo, depois do convívio do MEM, com calor ainda nos consegues encantar com as tuas palavras.
ResponderEliminarBem, Ana, escrever descontrai-me e alivia o meu coração e a cabeça...mas eu já tinha escrito o texto no dia anterior...bjs
Eliminar