Cansada do dia e da noite, enfrento medos e saudades. Deixo-me ir na lentidão do tempo, que ainda não pede pressa nem fúrias bravas de virar mundo. Por agora, fico-me entre o pensar e o fazer, mexendo devagar em mil ideias que vão e vêm, como o mar, todos os dias.
E é assim que estou, em ensaios tímidos de ser pessoa, quando o coração pede voos de pássaro livre e o dias se olham por uma janela estreita.
Falta abrir a porta pela manhã e com jeito decidido encontrar o sentido de estar de novo aqui.
Como escreve Sophia de Mello Breyner
Abre a porta e caminha
Cá fora
Na nitidez salina do real
(Musa, 1994)
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