quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Divagação

Cansada do dia e da noite, enfrento medos e saudades. Deixo-me ir na lentidão do tempo, que ainda não pede pressa nem fúrias bravas de virar mundo. Por agora, fico-me entre o pensar e o fazer, mexendo devagar em mil ideias que vão e vêm, como o mar, todos os dias. 

E é assim que estou, em ensaios tímidos de ser pessoa, quando o coração pede voos de pássaro livre e o dias se olham por uma janela estreita. 

Falta abrir a porta pela manhã e com jeito decidido encontrar o sentido de estar de novo aqui.


Como escreve Sophia de Mello Breyner 

Abre a porta e caminha 
Cá fora
Na nitidez salina do real 

(Musa, 1994)

Sem comentários:

Enviar um comentário