terça-feira, 31 de maio de 2016

Em jeito de telegrama

Em pequenos, fazíamos o presépio e ainda hoje me lembro do cheiro do musgo e do espelho a fazer de lago, com os patinhos em cima e das suas mãos a compor os montes e a alisar os vales. Quando crescemos, escreveu-me ideias fortes em papéis pequenos, foi um amparo bom nos dias menos claros e um desafio certo para abraçar sonhos.

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Também lhe dei palavras justas, penso, quando os anos se apoderaram de nós, e mais velhos, começámos a procurar as raízes de que fomos feitos. Ficamos às vezes no sofá a tecer esta irmandade, que é amor, alegria, intimidade e compromisso.

Mesmo que não estejamos de acordo, acordamos que somos da mesma barriga, e isso é um caldo que permeia a nossa pele e o nosso coração, ligando-nos como um cordão. O umbilical.

Nada é tão poderoso e tão incondicional. Para sempre.  
Bom dia dos irmãos, mano. 

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