Já vim do mar. Antes de chegar a casa e aterrar no meu sótão ou começar a arrumar as tralhas, detenho-me na casa da Tita, porque vale a pena. Uma casa de turismo rural, no interior Algarvio, que o sonho e as mãos de amigos de longa data, recuperaram e deram vida. Uma vida boa e bonita, com história(s) e muito charme.
Está lá tudo o que é preciso para sermos felizes. Um silêncio de ouro, a serra verde, o canto das cigarras, o calor forte a entrar na pele, a água morna da piscina a refrescar o corpo. E a beleza da casa, por fora e por dentro. Tudo pensado com jeito e intenção, tudo no lugar certo, as colchas de renda, as jarras com flores do campo, os quadros, os espelhos, o nome dos apartamentos - celeiro e palheiro - e dos quartos - quarto verde e cisterna, suite júnior, quarto rosa - as peças de barro, as cortinas de renda, os cestos, o ferro forjado, memórias e peças de antigamente a conviver com os artefactos da modernidade numa conjugação inteligente e sensivel. Na casa principal, os objetos dos donos que a habitaram: poemas, relógios, óculos, carteiras, diplomas, a atestar que ali, no chão que se mantém intacto e lindo, andaram os pés, o corpo e os afetos de um casal algarvio que se amou até sempre. Uma casa com vestígios de gente que agora espera outras gentes para fazer outras histórias.
A nossa foi de uma noite muito bem passada. Um banho na piscina ao fim da tarde, revigorante e tranquilizador, um descanso nas espreguiçadeiras, um jantar delicioso no espaço exterior, uma conversa animada, risos e partilhas de outros tempos, que esta amizade vem de longe e reforçou-se em muitos momentos de trabalho, convívio e cultura. Depois de uma noite bem dormida, em lençóis muito brancos onde um bordado azul dá um toque de mimo, o direito a um pequeno-almoço de luxo. Sim, porque não falei da horta com produtos biológicos, onde se vai buscar os morangos, os figos, a chia, as laranjas e muitas outras coisas para uma alimentação saudável e deliciosa.
Claro que falta falar do principal, os anfitriões da casa da Tita, o Sarmento, a Elisabete e o Miguel, uma família que decidiu do velho fazer novo e mantendo a tradição, valorizar o que de melhor temos no Algarve e na Nave do Barão e o que de melhor eles têm dentro de si: engenho, arte e afeto aos montes para bem acolher e bem cuidar. Com atenção, disponibilidade, encanto e simplicidade. E requinte, aquele necessário para fazer dos dias, uns dias a serem lembrados com prazer.
Por mim, senti-me em casa, nesta casa da Tita. Espero voltar. Já lhe sinto a falta.
A nossa foi de uma noite muito bem passada. Um banho na piscina ao fim da tarde, revigorante e tranquilizador, um descanso nas espreguiçadeiras, um jantar delicioso no espaço exterior, uma conversa animada, risos e partilhas de outros tempos, que esta amizade vem de longe e reforçou-se em muitos momentos de trabalho, convívio e cultura. Depois de uma noite bem dormida, em lençóis muito brancos onde um bordado azul dá um toque de mimo, o direito a um pequeno-almoço de luxo. Sim, porque não falei da horta com produtos biológicos, onde se vai buscar os morangos, os figos, a chia, as laranjas e muitas outras coisas para uma alimentação saudável e deliciosa.
Claro que falta falar do principal, os anfitriões da casa da Tita, o Sarmento, a Elisabete e o Miguel, uma família que decidiu do velho fazer novo e mantendo a tradição, valorizar o que de melhor temos no Algarve e na Nave do Barão e o que de melhor eles têm dentro de si: engenho, arte e afeto aos montes para bem acolher e bem cuidar. Com atenção, disponibilidade, encanto e simplicidade. E requinte, aquele necessário para fazer dos dias, uns dias a serem lembrados com prazer.
Por mim, senti-me em casa, nesta casa da Tita. Espero voltar. Já lhe sinto a falta.
Bem a mocinha aguçou a veia poetica e a sua conhecida arte da escrita criativa.... Adorei ter-vos por cá... com a amizade cúmplice e os laços de ternura que o tempo e a distância não desvanecem
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