Andar com eles ao colo, procurar-lhes as razões e os medos, dar-lhes o leite e a bolacha, planearmos projetos e pinturas, cantarmos canções e lenga-lengas, rebolar no chão e no jardim, brincar ao lobo mau no recreio, limpar lágrimas e acolher risos, fazermos silêncio e ouvirmos o vento, descobrir letras e palavras doces, dizermos não e talvez, espera agora que ainda não é tempo, ensinar-lhes as cores e o azul do céu. E o sonho. E a liberdade. E a alegria. E a democracia. E o sentido de ser unico e importante e urgente. Mas não só, em conjunto com outros, em grupos de muitos meninos e meninas que inventam os dias na escola.
Tudo isto fazemos e mais mil coisas, num quotidiano de compromisso e entrega, cansaço e entusiamo, ponderação e sussuro(s). E vozes altas. Com equipas que falam e se desdobram, com famílias que opinam e observam, participam e recusam, estão presentes e ausentes.
Tudo isto fazemos em muitos sítios, espalhados pelo mundo, rodeados de cultura(s), hábitos, riscos, encantos e desencantos. Tudo isto fazemos e muito alvejamos, certos de estarmos no centro da vida a crescer no presente e para o futuro. Que queremos melhor para nós e para cada um dos meninos e meninas que connosco aprendem e amam e desejam.
Neste dia do professor, aqui estamos a dizer que vale a pena. E que é tempo de dar a dignidade justa e certa à profissão de semeadores de terras virgens e férteis de saber(es), ser(es) e saber(es) fazer (es). Convoquemos pois os atores desta missão para tomarem a vez e a voz e por ela anunciarem os seus propósitos e os seus direitos.
Bom dia do professor.
Bom dia do professor.
Sem comentários:
Enviar um comentário