Lembra-se dela e um sopro de lucidez diz-lhe que não vale a pena. Apesar disso, qualquer bocado de saudade, ainda que pequeno, estremece-lhe o coração e não impede a aproximação do seu odor, em imagens de mar e vagas altas de luz, com um brilho cintilante de areia torrada da praia.
Desse tempo liso de dúvidas, amanhece um dia perfeito, com ela a sorrir, longe, a correr nas dunas.
Chama-a como pode, alto e baixo e depois, em murmúrios, para não assustar o voo livre das gaivotas. Sabe, de fonte segura, que apenas elas são reais e eternas.
Tudo o resto apenas existe, solto e desarrumado dentro de si, a incomodar as noites sem sono.
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