Hoje e sempre o amor. No centro do mundo e como condição de vida.
Pegamos num pedaço grande de amor e tapamos os buracos da tristeza que fazem o coração dos homens e das mulheres baterem sem harmonia e deslumbramento. Aquecemos as artérias e as veias, imprimimos um ritmo cadenciado, forte, suave e continuo, a par e passo com o fluir do tempo e da natureza. Apenas assim.
Pegamos num pedaço grande de amor e tapamos os buracos da tristeza que fazem o coração dos homens e das mulheres baterem sem harmonia e deslumbramento. Aquecemos as artérias e as veias, imprimimos um ritmo cadenciado, forte, suave e continuo, a par e passo com o fluir do tempo e da natureza. Apenas assim.
Pegamos num pedaço de amor, forte e seguro e inundamos os dias dos meninos e meninas que deslizam sem rosto nas cidades frias, que não sabem que a infância necessita de casas quentes e gente grande que os leve de mão dada a ver os jardins e a chapinhar nas poças de água, mas com botas, casacos quentes e gorros coloridos. Depois de um bom pequeno almoço.
Pegamos num pedaço de amor combativo e enchemos as ruas de vozes altas e canções de resistência, a provar que podemos cantar até que a voz nos doa e que o cansaço não se instala, por desânimo no coração e na vontade de quem espera novos dias e por isso não desiste de lutar. Fazemos isso com convicção e em conjunto, porque este amor se quer cercado de força contaminada.
Pegamos num amor paciente e de novo mostramos, sem nos cansarmos, que a vida necessita de persistência e investimento, gestos repetidos de bem querer aos outros, filhos e amigos e gente assim que amamos sem querer retorno e que estão incondicionalmente ligados a nós, apesar da autonomia e da liberdade que lhes assiste. Mostramos e falamos, falamos e mostramos. Tantas vezes quantas forem necessárias.
Pegamos num pedaço de amor jovem e pedimos a todos os amantes principiantes que o conservem vivo e audaz, avisando sem cessar que a sua longevidade depende da capacidade de entender a vida e a complexidade, não apenas do amor que sentem e vivem, mas sobretudo da forma como se relacionam com o mundo, coisa nem sempre fácil e óbvia. Mas dizemos-lhes que tudo é possível e tudo tem remédio somente a morte é que não. E a desistência também.
Pegamos num bocado de amor antigo e instalamo-nos na sua lembrança, perguntando-nos pelo caminho percorrido e as variantes de atalhos que foram construídos, deixando levedar a memória e a saudade, roteiro que pode ser utilizado no presente, depois de espremer o sumo doce do tempo vivido e guardar as sementes boas.
Hoje e sempre o amor. Estes e outros, iguais ou diferentes, para nos encher de coragem e afugentar possíveis derrotas e todos aqueles que destilam indiferença e algum ódio pela vida da gente.A comum, a que não vem nos jornais nem nos círculos de alta roda.
Chegará?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSimplesmente maravilhoso..!!!!
ResponderEliminarO amor nós faz rir, chorar, sonhar,mas também nos dá força para enfrentarmos batalhas.
Por amor se move montanhas, quando se sente amor verdadeiro por ele se dá a vida se necessário,é assim que amo pois sei que vou amar eternamente uma pessoa que me é muito especial.