Um encanto de noite, calor na sala e rostos bonitos, alegria e surpresa, família e amigos a festejar um aniversário. Fico quieta num canto a saborear a leveza dos gestos e a certeza dos laços que ligam todos os que ali estão. Uma espécie de fio delicado e no entanto inquebrável, juro que parece mais forte e pleno com o passar dos anos. Porque os conhecemos desde sempre, as meninas já cresceram e já mimam os filhos, os avós por ali andam a acolher abraços, os tios serenos a compor a casa, o amor e a autonomia como condição para se crescer com raízes.
E as raízes contam e seguram cada um num chão que dá flor e fruto e sombra para se viver com passos largos e confiantes. E as vozes elevam-se no ar e cantam-se cantigas de hoje e de ontem, todos juntos a uma só voz, apesar de timbres diferentes e jeitos diversos. Assim podem cantar porque se souberam amar e desafiar no correr dos dias. E é bom de ver e bom de sentir.
E as raízes contam e seguram cada um num chão que dá flor e fruto e sombra para se viver com passos largos e confiantes. E as vozes elevam-se no ar e cantam-se cantigas de hoje e de ontem, todos juntos a uma só voz, apesar de timbres diferentes e jeitos diversos. Assim podem cantar porque se souberam amar e desafiar no correr dos dias. E é bom de ver e bom de sentir.
E penso na escola e na semana que também foi de famílias na sala. Responderam à chamada e ali chegaram, pegaram em materiais diversos, abrilhantaram-nos a seu gosto e jeito, desenharam, colaram, confrontaram e admiraram-se com as obras produzidas. Eu também.
Os meninos e meninas pelo meio, cada um consigo mesmo e todos em interação, num espaço, tenta-se, que seja de oportunidade de participação e criação de laços. Risos e brincadeiras, a manha a decorrer como sempre, às entre o caótico e o organizado, pinturas, desenhos, zangas e escritas no diário e seis mães (neste caso...) a poderem sentir o fazer dos dias na nossa sala, que queremos que também seja delas, para uma pertença maior. Porque pertencer é condição e exigência de sucesso, inclusão e aprendizagem. E é bom de ver e bom de sentir.
Os meninos e meninas pelo meio, cada um consigo mesmo e todos em interação, num espaço, tenta-se, que seja de oportunidade de participação e criação de laços. Risos e brincadeiras, a manha a decorrer como sempre, às entre o caótico e o organizado, pinturas, desenhos, zangas e escritas no diário e seis mães (neste caso...) a poderem sentir o fazer dos dias na nossa sala, que queremos que também seja delas, para uma pertença maior. Porque pertencer é condição e exigência de sucesso, inclusão e aprendizagem. E é bom de ver e bom de sentir.
A noite de encanto entre amigos e o rebuliço bom da sala, nesta semana, lembraram-me que as famílias são espaços emocionais onde estão as raízes da identidade (Sousa, 1998). Por isso são o caldo onde cada um se faz e se forja como pessoa no mundo. Um caldo nem sempre quente e substantivo para alimentar o corpo e o coração, como sabemos. Mas também sei, que se a educação não muda tudo, alguma coisa a educação muda (Paulo Freire) pelo que acredito que o jardim-de- infância e as práticas de participação podem ajudar a servir um menu mais rico, diversificado e quente onde os caldos reforcem os laços de afeto, valorização e apoio entre famílias e crianças.
Tentemos. No natal e durante todo o ano.
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