No meio de bicicletas e motas, ruas com arcos e cafés bonitos, sobriamente decorados, fachadas com portadas e varandas de ferro forjado, percorro a pé avenidas e ruelas, praças e jardins, observo tudo o que se apresenta aos meus olhos e ao meu coração. Há um contentamento em mim, porque é bonito o que vejo, uma cidade em tons de laranja, castanhos e cor de terra, uma cidade antiga, cheia de história, vestigios, força, presença e gente.
Passam por nós a a falar, estão no seu lugar, os estrangeiros somos nós a admirar a limpeza das ruas, as flores nas janelas, os candeeiros nos arcos, as montras com dezenas de formas de chocolates e ovos da páscoa, esteticamente arrumados e colocados uns ao lado de outros.
Também há flores, muitas e mulheres que as levam, algumas na bicicleta em que se deslocam, soberbamente bem vestidas, no seu meio de transporte habitual e que não é um BMW.
Também há flores, muitas e mulheres que as levam, algumas na bicicleta em que se deslocam, soberbamente bem vestidas, no seu meio de transporte habitual e que não é um BMW.
Também há uma livraria e muitos livros para a infância. Belissimos. Demorei-me nela mais do que uma hora, perdi-me a ver, a tocar, a surpreender-me, mais uma vez, com a criatividade de alguns homens e mulheres do nosso tempo, capazes de perfeitas obras primas, através de palavras e ilustrações soberbas.
Apesar do dinheiro ser pouco, não resisti, comprei dois. Dificil, mesmo, foi escolher. Fiquei a pensar nos outros todos que deixei. Uma pena, porque os livros de qualidade para crianças são também para adultos. Queria-os todos - ou quase - para mim.
Apesar do dinheiro ser pouco, não resisti, comprei dois. Dificil, mesmo, foi escolher. Fiquei a pensar nos outros todos que deixei. Uma pena, porque os livros de qualidade para crianças são também para adultos. Queria-os todos - ou quase - para mim.
Também há o espaço - campus - da universidade, a primeira da Europa, a mais antiga, imponente mas quase (incompreensivelmente?) acolhedora,
cuidada e quase familiar. Tudo com muito sentido estético e bonito, novamente, muito bonito.
Sento-me num banco de uma praça, fecho os olhos e ouço o som da fala das pessoas. Ainda que discretas, sinto a musicalidade da lingua e lembro-me de alguns filmes: O Carteiro da Pablo Neruda, A Melhor Juventude, O Cinema Paraíso, A Vida é Bela.
E agradeço ter podido vir até aqui , nestes dias de páscoa.
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