Domingo. O sol espreita nesta manhã, tímido, parece ter medo da chuva e do vento que há muitos dias permanecem entre nós. Mas atreveu-se dar o ar da sua graça, o sol. Ainda bem, assim o dia é mais risonho e acolhedor.
Estamos no ultimo dia do tempo de carregar energias, descansar o corpo, libertar o pensamento. Assim fizemos, ainda que neste ultimo aspeto não tenha sido tão fácil. O pensamento é livre, astuto, poderoso e mal mandado. Raramente obedece às nossas ordens, pelo menos no meu caso. Tem vontade própria e é rebelde. Não o conseguimos domar.
Mas este tempo, entre o natal e o ano novo, terminei avaliações, conclui o plano de grupo, defini estratégias e recursos, reafirmei os princípios que desejo continuar a fazer vingar no quotidiano pedagógico. E se possível , melhorar, que o caminho vivido não foi fácil nem isento de dificuldades e erros.
Necessito de ser mais confiante e resistente, menos permeável à corrente do clima escolar, tão dado a prostrações e défices.
Necessito de ser mais confiante e resistente, menos permeável à corrente do clima escolar, tão dado a prostrações e défices.
Compreendo, sei das circunstâncias que nos rodeiam, mas não me posso deixar ir na leva, como se diz na minha terra. Preciso de ficar vigilante e explorar as minhas reservas de crença e otimismo no papel da educação e dos professores, enquanto atores de mudança. Sem vacilar.
Neste ano de 2014, é isso que desejo e aquilo a que me proponho. Ser uma educadora capaz de fazer a diferença, mostrar-me atenta e sensível para escutar as crianças e os seus mundos, pessoais, familiares e sociais. Tarefa imensa, que não prevê desistências ou preconceitos, cada menino e menina e família, tem direito a uma resposta educativa de qualidade, que integre as suas necessidades e contextos de vida. Como são, sem que disso possamos criar estereótipos e leituras apressadas. Olhemos com olhos de ver.
Vou precisar de outros ao meu lado, esta missão é esgotante e apesar de todos os propósitos, o dia a dia exige uma equipa. Coesa e acolhedora. Darei o meu melhor para a construir.
Assim estou neste inicio de janeiro. Com um sol tímido e uma vontade férrea. Já não falta tudo.
Pois por estes lados, mesmo sem sol, estou na mesma.
ResponderEliminarAmanhã será então, o primeiro dia, do resto das nossas vidas.
Boas entradas Manuela!
Obrigada, Juca, boas antradas também por esses lados! e obrigada pelos comentários, são uma espécie de eco ao que escrevo. E isso é bom!
EliminarColega tenho os mesmos propósitos e "faz-me bem à alma" ler os seus pensamentos que tão bem traduz por palavras. Obrigada pelas suas partilhas. Amanhã lá estaremos no meio daqueles que "crescem connosco e nos fazem crescer com eles"...e que vontade eu tenho de os abraçar. Bom ano e que sejamos resistentes e tenhamos esperança!
ResponderEliminarBjs
Gabriela
Pois ainda bem que outros sentem o mesmo que eu...e não devemos ser poucas...obrigada pelas suas palavras. Vamos lá então...
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