Percorro a exposição e juro que oiço as vozes das crianças, os seus jeitos e formas de pensar, a sua sensibilidade, saberes e liberdade. Pinturas, desenhos, textos, projetos, tudo documentado com as mãos e as ideias de meninos e meninas que vão à escola e que têm à sua espera professores que percorrem a seu lado, colaborativamente, os caminhos e processos de aprender e pensar e projetar a vida e o currículo. Cada um a seu modo e todos em grupo, grandes e pequenos, numa comunidade de aprendizagem democrática, que o saber só tem sentido quando partilhado e incluído num espaço de exercício de direitos e deveres. Em comunicação.
Não é retórica é treino diário, principio a respeitar, filosofia e modo de vida. Vê-se nos instrumentos reguladores da vida de grupo e que estão, também eles, expostos, a dar conta da(s) história(s) vividas em cada sala e percursos realizados para aprender a viver em comunidade. Na escola e fora dela, porque o saber é social e culturalmente situado, porque aprender exige diálogo e interação com as pessoas e os seus ambientes, próximos e também longínquos. A educação e aprendizagem é uma forma de estar, conhecer e interpretar o mundo.
Não é retórica é treino diário, principio a respeitar, filosofia e modo de vida. Vê-se nos instrumentos reguladores da vida de grupo e que estão, também eles, expostos, a dar conta da(s) história(s) vividas em cada sala e percursos realizados para aprender a viver em comunidade. Na escola e fora dela, porque o saber é social e culturalmente situado, porque aprender exige diálogo e interação com as pessoas e os seus ambientes, próximos e também longínquos. A educação e aprendizagem é uma forma de estar, conhecer e interpretar o mundo.
Percorro as comunicações. E de novo me espanto, com estes profissionais, sérios e empenhados, escritores e relatores dos seus percursos pedagógicos, não deixam nada por mãos alheias, o presente e o futuro pertence-lhes, porque se entendem como trabalhadores intelectuais, capazes de fazer e pensar as suas ações com os alunos.
E não são necessários mestres ou doutores de universidade(s) para introduções teóricas, cada um assume as custas da sua opção, fundamentando coerentemente o que faz, para que faz e como faz. São mestres na sua profissão e por isso recorrentemente a interrogam com os seus pares, numa relação dialógica, buscando intencionalmente as melhores estratégias para uma aprendizagem e educação de sucesso para todos. Assim também o fazem com as crianças.
E não são necessários mestres ou doutores de universidade(s) para introduções teóricas, cada um assume as custas da sua opção, fundamentando coerentemente o que faz, para que faz e como faz. São mestres na sua profissão e por isso recorrentemente a interrogam com os seus pares, numa relação dialógica, buscando intencionalmente as melhores estratégias para uma aprendizagem e educação de sucesso para todos. Assim também o fazem com as crianças.
Emociono-me e espanto-me. E não sendo propriamente nova a minha presença em congressos, renovo o meu olhar e o meu respeito por um trabalho tão sério, tão coerente e tão explicito. Não por ser perfeito ou isento de criticas, mas por se apresentar como uma manifestação de empenhamento numa causa e sobretudo, como um ato de coragem e resistência. Que ano após ano se renova, se multiplica, se distribui por muitos relatos de práticas, elegendo-os como oportunidades de partilha, discussão e construção da profissão.
Os três dias de congresso do MEM permitiram-me aprender mais sobre o meu quotidiano pedagógico e sobretudo, renovar a minha alegria e entusiasmo. Reduzir a solidão da profissão, aumentar o desassossego, sabendo que tenho companhia para a viagem. Nos tempos que correm, isso faz toda a diferença.
Sem falsos facilitismos ou endeusamento.
Muito obigada, Manela, por este teu testemunho tão vivo e tão sincero - Excelente!!
ResponderEliminarBeijinhos e muito boas férias!