Mais um sábado pedagógico. Desta vez sobre a inclusão e o novo decreto. Muita gente quieta e inquieta, a ouvir o que se diz e a pensar no que se faz. Sentadinhos nas cadeiras, não dissemos como no poema da Rosa Colaço, Senhora olhe p´ra vida, deixe as contas de somar! A vida, a nossa, de professores e educadores, estava ali, pronta a ser revisitada numa escola que só pode ser lugar de equidade e diferenciação. Por todos e para todos.
Uma comunicação clara, argumentos audazes, palavras desassombradas, a provar que a força das ideias e dos princípios é o chão e o céu que precisamos para nos pormos ao caminho. E mudos de espanto, convictos e resolvidos (por agora?) aderimos ao discurso e lá vamos nós, contentes e animados, somos muitos e não estamos sós, podemos mais do que julgamos, se é para ser que seja já.
E tentamos desatar o que nos espartilha, despimo-nos de velhas roupagens, mesmo aquelas que não usadas diariamente, ainda pegamos em dias de sol pardo. Porque os há. Dias pardacentos, traiçoeiros e manhosos, em que sem saber como, destilamos algumas crenças apreendidas pela força das circunstâncias pessoais, sociais e políticas. Porque somos também e ainda a escola que nos coube, por legado e tradição. Porque somos, sem quase nunca querer, o poder e a decisão, a norma e o padrão, o certo e o errado.Assim, porque sim.
Inventar uma outra escola, a partir do que já fazemos bem, urge deitar fora o que nos aprisiona e distorce. Urge estar alerta, para não cairmos nas rasteirinhas da prática, aquelas que nos segredam que a inclusão de todos, esta agora, sim, é quase impossível. Não, é tarefa de monta, sim, exige estar e trabalhar com outros, em cooperação e coletivo, equipas multidisciplinares, autónomas e ativas, éticas e capazes de trabalhar sobre o trabalho. E crentes. E corajosas, para poder, às vezes, dizer que o rei vai nu. E o rei são todos os meninos e meninas e famílias que aprendem lá na escola onde todos vivem, muitas horas por dia. E o rei são todos aqueles que a escola ainda deixa para trás, por alienação, desigualdade, elitismo.
Fácil? não, viver com os outros é difícil, como nos disse a Ariana Cosme, a dinamizadora do nosso sábado pedagógico. Obrigada por este dia e esta reflexão. Obrigada pelo entusiasmo e pela possibilidade de poder ser. Obrigada às colegas pela partilha das práticas de cooperação entre profissionais e meninas e meninas do 1º ciclo e jardim de infância. Obrigada por acreditarem e fazerem.
Obrigada a todos os que, apesar das dificuldades, insistem e persistem.
Inventar uma outra escola, a partir do que já fazemos bem, urge deitar fora o que nos aprisiona e distorce. Urge estar alerta, para não cairmos nas rasteirinhas da prática, aquelas que nos segredam que a inclusão de todos, esta agora, sim, é quase impossível. Não, é tarefa de monta, sim, exige estar e trabalhar com outros, em cooperação e coletivo, equipas multidisciplinares, autónomas e ativas, éticas e capazes de trabalhar sobre o trabalho. E crentes. E corajosas, para poder, às vezes, dizer que o rei vai nu. E o rei são todos os meninos e meninas e famílias que aprendem lá na escola onde todos vivem, muitas horas por dia. E o rei são todos aqueles que a escola ainda deixa para trás, por alienação, desigualdade, elitismo.
Fácil? não, viver com os outros é difícil, como nos disse a Ariana Cosme, a dinamizadora do nosso sábado pedagógico. Obrigada por este dia e esta reflexão. Obrigada pelo entusiasmo e pela possibilidade de poder ser. Obrigada às colegas pela partilha das práticas de cooperação entre profissionais e meninas e meninas do 1º ciclo e jardim de infância. Obrigada por acreditarem e fazerem.
Obrigada a todos os que, apesar das dificuldades, insistem e persistem.
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